Desde a quarta-feira (06), o Conselho Tutelar está completamente inoperante por falta de combustível para a viatura da instituição. A responsabilidade é do poder público.
Informado do fato, o Jornal Impacto foi até a sede da instituição para constatar a denúncia, que foi confirmada pelas conselheiras Patrícia Seixas e Bruna Dias Nabarro.
JI – Você confirma a informação de que o Conselho Tutelar está inoperante por falta de combustível?
Patrícia – Mais uma vez enfrentamos um problema administrativo. Nós estamos sem combustível para abastecer a nossa kombi, que é a viatura que nos serve para mandar notificações, para visitas domiciliares feitas periodicamente, inclusive para levar ofícios constantes das requisições de serviços. Deixamos até de participar de uma audiência com o Juiz da Vara de Infância porque não tínhamos como ir até o Fórum. Todas as providências que podíamos foram tomadas. Encaminhamos ofício para o CMDCA (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente), que é o órgão competente responsável pelas políticas públicas dessa área, mas também não obtivemos qualquer resposta. A responsável pelo CMDCA, sua presidente Lucimara Eliane Lopes, até agora não se manifestou.
JI – É verdade a informação de que um munícipe pediu para que a viatura do Conselho fosse abastecida e ele pagaria a conta?
Patrícia – É verdade! E nós vamos aceitar essa doação. A kombi não é para o nosso uso, é para uso dos adolescentes ou pelas suas razoes, são nossas crianças que precisam, muitas vezes frutos de denúncias que chegam e numa hora como essa nós não podemos fazer absolutamente nada. Eu volto a solicitar providências urgentes do CMDCA, que é o órgão responsável pelo nosso funcionamento.
A conselheira Bruna Dias Nabarro fez questão de fechar a entrevista com mais um dado estarrecedor. “Para exemplificar o que foi dito, nós tivemos que pegar uma criança na escola e levar para um exame no Hospital. Suspeitamos que ela tenha sido abusada sexualmente, se não fosse essa doação não teríamos como executar esse trabalho”, disse.
O JI acompanhou o abastecimento do veículo que serve ao Conselho. Na ocasião, teve a oportunidade de ouvir o comerciante Sebastião Pereira que soube do ocorrido e comentou: “É um absurdo a prefeitura não ter dinheiro para abastecer uma kombi. Isso é uma vergonha, não tem cabimento uma coisa dessas. Eu só queria saber onde é que está o dinheiro, não tem uma obra grande na cidade, as ruas estão cheias de buracos, os impostos vêm e nós somos obrigados a pagá-los e não tem dinheiro para abastecer uma kombi? Está na hora do prefeito começar a se explicar”, criticou.
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